domingo, 10 de abril de 2011

Subglandular, subfascial ou submuscular?

Subglandular, subfascial ou submuscular? A grande dúvida!

Eu coloquei subglandular, por indicação do meu médico,por eu ter pele suficiente para cobrir a prótese. Não me arrependo! NUnca senti dores no pós operatório, diferente das meninas que colocam submuscular. Fui ao mastologista para saber se haveria problemas na hora de exames de rotina ou se esconderia algum prolblema, ele me garantiu que não! Tentei explicar com minhas palavras a diferença entre as técnicas mas não consegui, me enrrolei toda, então coloquei esse texto que encontrei na net e de fácil entendimento.



As vantagens e desvantagens de cada plano são descritos a seguir, independente da via de aceso

O plano subglandular é o mais utilizado por ser o mais fácil de descolar e por permitir uma boa hemostasia durante a cirurgia (controle do sangramento). A dor e desconforto no pós-operatório são mínimos e duram poucos dias. É importante ressaltar que a colocação dos implantes de mama NÃO altera a detecção do câncer de mama, pois durante a mamografia faz-se uma manobra para afastar ou rechaçar a prótese para fora da incidência do Raio-X. Ou seja, este passa pela glândula mamária sem passar pela prótese, detectando assim eventuais alterações benignas ou malignas. A desvantagem deste plano é que em paciente muito magras e sem nenhuma tecido mamário a prótese poderia ficar muito visível. Além do resultado poder ficar artificial, existe sempre a possibilidade de se formarem pequenas dobras (rippling). Quando há tecido mamário suficiente, estas ondulações não aparecem, mas quando a paciente não tem nenhum volume mamário ou bem pouco, indica-se a colocação no plano submuscular.

O plano subfascial utiliza uma membrana que reveste o músculo peitoral, chamada de fáscia peitoral, para “hospedar” a futura prótese. O sangramento é igual ao do plano subglandular porém a dissecção desta fáscia é mais difícil, tornando a cirurgia um pouco mais demorada. Uma eventual vantagem deste plano seria um resultado mais duradouro, pois a ptose mamária (caimento) demoraria mais para acontecer, devido a hipotética sustentação que a fáscia oferece. Em relação às pacientes muito magras e sem glândula, a fáscia também ofereceria uma barreira a mais para evitar o aparecimento do rippling (ondulação). Na prática esta técnica é pouco utilizada pelos médicos no Brasil.

O plano submuscular é o mais utilizado depois do plano subglandular. As indicações para se colocar a prótese neste plano são:

paciente muito magras que precisam de uma barreira a mais entre a pele e o implante para que este não se torne visível
paciente que desenvolveram contratura capsular no plano subglandular e que precisam trocar de plano
pacientes com forte história de câncer de mama na família (e também câncer de próstata em parentes homens, pois são relacionados) e que precisam de uma barreira entre a glândula mamária e a prótese em si, pois eventuais puncões para biópsias podem ser indicadas
Além destes fatores também podemos citar a preferência do cirurgião. Na prática alguns médicos têm a preferência por este plano e acabam indicando por estarem mais familiarizados com este tipo de dissecção. A desvantagem do plano submuscular é a dor ou desconforto no pós-operatório. Há uma necessidade maior de analgésicos e as restrições como dirigir ou fazer exercícios duram mais tempo.

É importante citar que a via axilar pode ser utilizada com ou sem auxílio de aparelho de vídeo, ou seja, há médicos que fazem sob visão direta e outros que utilizam uma câmera de vídeo e pinças longas para preparar o plano de colocação da prótese. Não há diferenças no resultado e há que se tomar cuidado com eventuais propagandas que citem “prótese por vídeo” como sendo um diferencial para se chegar a melhores resultados.

A preferência do autor deste site ocorre na seguinte ordem:

prótese via areolar no plano subglandular, indicada para a maioria das pacientes, pois muitas têm aréola > 4cm e têm algum volume de glândula mamária. A cicatriz é quase imperceptível.
prótese via axilar no plano subglandular, evitando assim a cicatriz no seios (apesar desta ficar muito apagada) e evitando a dor no pós-operatório e permitindo um retorno mais rápido às atividades do dia-a-dia
prótese via axilar no plano submuscular, especialmente em pacientes muito magras e com confirmação de câncer de mama com gene familar presente
Outros dois detalhes importante são que próteses de mama NÃO interferem na amamentação, qualquer que seja o plano escolhido e que a via axilar NÃO interfere no linfonodo sentinela. Este linfonodo NÃO é utilizado para detectar o câncer de mama e sim para avaliar a extensão da doença em pacientes que já estão com câncer de mama. Além disso já está mais do que comprovado de que a prótese via axilar não interfere nesta avaliação.

Em relação ao formato e volumes das próteses pela via axilar, praticamente não há diferenças com a via areolar. Eventualmente volumes muito grandes (>400ml) poderiam ser difíceis de passar pela incisão (tanto areolar quanto axilar) e poderia ser indicada a incisão inframamária. De novo, cada caso é diferente, uma aréola grande até poderia permitir a passagem de tais volumes. Um exame físico detalhado e uma consulta bastante explicativa são fundamentais para esclarecer todos os detalhes e se chegar a um consenso com a paciente sobre volume, via e plano a serem utilizados.

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